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As conquistas das mulheres na odontologia

Três mulheres dentistas sorrindo em um consultório moderno, representando o empoderamento feminino na odontologia.

Em 8 de março, quando comemoramos o Dia Internacional da Mulher, é momento de refletirmos sobre as conquistas e desafios enfrentados pelas mulheres em diferentes esferas da sociedade. 

🕑 8 minutos de leitura
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  • A origem do Dia Internacional da Mulher
  • Quem foi a primeira dentista do mundo?
  • Dentistas famosas na história
  • A luta pelo reconhecimento profissional
  • A luta por equidade na odontologia
  • Conquistas recentes e impacto das mulheres na odontologia
  • Inspiração para futuras gerações
  • Conclusão

Na odontologia, especificamente, essa data ganha um significado especial quando analisamos a extraordinária trajetória feminina neste campo, passando de completa exclusão para uma expressiva maioria nos dias atuais.

Neste artigo, abordaremos a luta das mulheres na odontologia, quais foram seus desafios e tudo o que conquistaram até os dias de hoje. Continue a leitura!

A origem do Dia Internacional da Mulher

O Dia Internacional da Mulher tem suas raízes nos movimentos trabalhistas e lutas feministas do início do século XX. 

Inicialmente, em 1908, 15 mil mulheres marcharam em Nova York exigindo melhores condições de trabalho, redução da jornada laboral e direito ao voto. No ano seguinte, como consequência dessas manifestações, o Partido Socialista da América estabeleceu o primeiro Dia Nacional da Mulher.

Posteriormente, a internacionalização da data ocorreu em 1910, quando Clara Zetkin, ativista alemã, propôs a criação de um dia internacional para celebrar a luta feminina durante a Conferência Internacional de Mulheres Socialistas em Copenhague, com representantes de 17 países. 

A partir desse momento, a data passou a ser comemorada em vários países, ganhando força após protestos de mulheres russas por “pão e paz” em 1917, que ajudaram a precipitar a Revolução Russa.

Foi apenas em 1975 que a Organização das Nações Unidas (ONU) oficializou a data, consolidando o 8 de março como um símbolo da luta histórica das mulheres por reconhecimento, igualdade e direitos. Atualmente, a data é tanto uma celebração das conquistas alcançadas quanto um lembrete dos desafios que ainda persistem na busca por equidade de gênero.

Nesse contexto de luta por igualdade, vale destacar que, de acordo com o Conselho Federal de Odontologia (CFO), as mulheres representam atualmente mais de 72% dos 702.483 profissionais de odontologia no Brasil. Tal conquista é notável, principalmente considerando que até a década de 1960, os homens ocupavam 90% do mercado odontológico brasileiro.

Quem foi a primeira dentista do mundo?

Retrato histórico de uma mulher na odontologia, representando a importância das mulheres na profissão e sua contribuição ao longo dos anos.
Imagem retirada de: https://www.britannica.com/biography/Lucy-Hobbs-Taylor 

Ao analisarmos a história da participação feminina na odontologia, devemos começar por Lucy Beaman Hobbs Taylor (1833-1910), que entrou para a história como a primeira mulher a obter formalmente um diploma de cirurgiã-dentista no mundo. 

Nascida em Nova York, Lucy inicialmente almejava ingressar na medicina, mas foi rejeitada pela faculdade de Ohio simplesmente por ser mulher.

Apesar desse obstáculo inicial, Lucy permaneceu determinada e começou a estudar particularmente sob a supervisão de Jonathan Taff, diretor da faculdade de Odontologia de Ohio. 

Em 1861, tentou ingressar novamente na faculdade de Odontologia, no entanto, teve, mais uma vez, seu acesso negado por ser mulher. 

Com o conhecimento adquirido abriu seu próprio consultório em Iowa, uma prática possível na época, já que o exercício da odontologia não exigia formalmente um diploma.

Após anos de prática profissional, em 1865, ela foi admitida pela Sociedade Odontológica de Iowa, fato que influenciou a Ohio College of Dental Surgery a finalmente aceitá-la como aluna. Como resultado de sua perseverança, em 1866, Lucy tornou-se oficialmente a primeira mulher no mundo com graduação em odontologia.

Depois de se formar, ela casou-se com James M. Taylor e então ensinou a prática da odontologia ao marido. Posteriormente, após a morte de James em 1886, Lucy passou a dedicar-se também à defesa dos direitos das mulheres, inspirando aproximadamente mil mulheres a se tornarem dentistas nos EUA até o final de sua carreira.

Dentistas famosas na história

Além de Lucy Hobbs Taylor, várias outras mulheres pioneiras também deixaram sua marca na história da odontologia:

Primeiramente, Emeline Roberts Jones (1836-1916) é reconhecida como a primeira mulher a praticar oficialmente a odontologia nos Estados Unidos. Em 1855, ela começou sua carreira após aprender o ofício com seu marido, o dentista Daniel Jones. Mais tarde, após a morte dele em 1864, ela assumiu completamente o consultório, tornando-se uma defensora da igualdade de gênero na odontologia.

No contexto brasileiro, Isabella Von Sydow, em 1906, tornou-se a primeira mulher brasileira a se graduar em odontologia, formando-se pela Escola de Odontologia da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Notavelmente, em sua turma de quatro formandos, era a única mulher.

Por sua vez, Minnie Evangeline Jordan formou-se em odontologia pela Universidade da Califórnia em 1898. Posteriormente, em 1909, inaugurou o primeiro consultório odontológico dos Estados Unidos dedicado exclusivamente a pacientes pediátricos, tornando-se pioneira em odontopediatria. Além disso, foi fundadora da Federação de Mulheres Dentistas Americanas e da Sociedade Americana de Odontologia para Crianças.

Igualmente importante, Ida Gray Nelson Rollins (1867-1953) foi a primeira mulher afro-americana a obter um diploma em odontologia nos Estados Unidos em 1890. Após sua formação, estabeleceu uma clínica em Chicago, onde atendia pacientes de todas as raças e classes sociais. Ela praticou a odontologia por mais de trinta anos.

Por fim, Lilian Lindsay (1871-1960) tornou-se a primeira mulher a se qualificar como dentista na Grã-Bretanha em 1895 e, mais tarde, a primeira mulher presidente da Associação Dentária Britânica. Adicionalmente, contribuiu significativamente para a literatura odontológica com trabalhos históricos sobre a evolução da profissão.

A luta pelo reconhecimento profissional

Mulher confiante de braços cruzados, representando o empoderamento feminino na odontologia, destacando a importância das mulheres na profissão.
As mulheres na odontologia batalharam por muito mais do que apenas acesso ao ensino superior.

Certamente, a batalha das mulheres na odontologia não se limitou ao acesso à formação, ganhar reconhecimento profissional foi igualmente desafiador. Durante décadas, cirurgiãs-dentistas enfrentaram ceticismo sobre suas habilidades técnicas, especialmente em procedimentos considerados mais complexos ou que exigiam força física.

No início, muitas pacientes preferiam exclusivamente dentistas mulheres, o que criou um nicho inicial, mas também, paradoxalmente, reforçou estereótipos sobre uma suposta “odontologia feminina” limitada a determinadas práticas. Desse modo, superar essa segmentação foi fundamental para o pleno reconhecimento profissional.

Uma estratégia importante nessa luta foi a formação de associações profissionais exclusivamente femininas. Por exemplo, a Federação de Mulheres Dentistas Americanas, fundada por Minnie Jordan, não apenas oferecia suporte entre pares, mas também trabalhava ativamente para aumentar a visibilidade das contribuições femininas à odontologia.

Paralelamente, para conquistar credibilidade científica, muitas dentistas focaram em pesquisa e publicações acadêmicas. Assim, a demonstração de excelência técnica em congressos, a participação em sociedades científicas e a ocupação gradual de cargos em universidades foram caminhos para quebrar barreiras. Com efeito, as pioneiras precisaram frequentemente superar obstáculos invisíveis, mas reais, que limitavam sua ascensão profissional.

Em particular no Brasil, a presença feminina em especialidades historicamente dominadas por homens – como cirurgia bucomaxilofacial e implantodontia – ainda é uma conquista relativamente recente. 

Portanto, cada mulher que se destaca nessas áreas contribui para normalizar a presença feminina em todos os campos da odontologia, transformando gradualmente a percepção social sobre a profissão.

A luta por equidade na odontologia

Historicamente, o caminho para a equidade na odontologia foi repleto de desafios. Até o século XIX, as mulheres eram impedidas de estudar em universidades ou tinham acesso apenas a cursos considerados “apropriados” para elas, excluindo áreas como medicina e odontologia.

Nesse cenário adverso, as pioneiras enfrentaram não apenas a recusa formal de instituições acadêmicas, mas também o preconceito social e profissional. Mesmo após conseguirem formação, muitas vezes eram limitadas a papéis de assistentes ou higienistas.

Contudo, a partir da década de 1980, com a ampliação do acesso feminino à educação superior, houve um crescimento significativo no número de mulheres dentistas. Para ilustrar essa evolução, de acordo com o CROSP, nos últimos dez anos o número de mulheres inscritas em São Paulo cresceu de 54.712 em 2013 para 100.726 em 2023, sendo 67.980 cirurgiãs-dentistas.

No entanto, apesar dos avanços, desafios estruturais ainda persistem. Em particular, mulheres dentistas ainda enfrentam desigualdade salarial em relação aos homens e dificuldades para equilibrar a carreira com a maternidade e para ascender a posições de liderança em instituições acadêmicas e administrativas.

Conquistas recentes e impacto das mulheres na odontologia

Imagem de uma mulher sorridente em um consultório odontológico, representando a presença de mulheres na odontologia.
As mulheres na odontologia estão conquistando cada vez mais espaço e fazendo a diferença em um cenário que foi ocupado, majoritariamente, por homens.

Nas últimas décadas, as mulheres têm ocupado espaços cada vez mais importantes na odontologia contemporânea. De fato, segundo pesquisa da Grant Thornton, mulheres já ocupam 38% dos cargos de liderança no Brasil.

Na gestão pública, especificamente, mulheres dentistas têm assumido papéis cruciais, como na Coordenadoria Geral de Saúde Bucal do Ministério da Saúde e na Secretaria da Pasta de Informação e Saúde Digital. 

Simultaneamente, no campo da pesquisa científica, lideram estudos inovadores, como o desenvolvimento de exames de rotina realizados a partir da saliva.

Além disso, a representatividade também cresce em entidades de classe. Um exemplo notável é o de Sergipe, onde o Conselho Regional de Odontologia tem sua primeira gestão liderada por uma mulher após 54 anos de liderança masculina, com um plenário 70% feminino. 

De maneira semelhante, no Conselho Regional de São Paulo, a presença feminina representa aproximadamente 43% do total em espaços como Câmaras Técnicas, Comissões Temáticas, Grupos de Trabalho, Diretores Regionais e Delegados Seccionais.

Iniciativas como a Comissão CRO Mulher e campanhas como “Meu Sorriso Ninguém Tira” (contra assédio em consultórios) e “Toda Mulher Merece Sorrir” (apoio a vítimas de violência) demonstram como as mulheres estão ampliando a atuação da odontologia para questões sociais importantes.

Inspiração para futuras gerações

Sem dúvida, o crescente protagonismo feminino na odontologia serve de inspiração para novas gerações. Atualmente, programas de mentoria e organizações profissionais têm trabalhado para apoiar mulheres em suas carreiras, promovendo, dessa forma, maior diversidade em todas as especializações.

Um campo exemplar é a Radiologia Odontológica e Imaginologia, no qual existem cerca de 3.067 mulheres especialistas no Brasil. Paralelamente, o empreendedorismo feminino também tem crescido expressivamente, com mais mulheres abrindo suas próprias clínicas e aplicando abordagens inovadoras de gestão.

Esses avanços permitem que as jovens mulheres que considerarem uma carreira na odontologia encontrem muito mais caminhos abertos do que suas precursoras. 

Assim sendo, a profissão oferece oportunidades para empreendedorismo, pesquisa acadêmica e atuação social, beneficiando-se da diversidade de perspectivas e da inclusão de todos os talentos disponíveis.

Conclusão

Em síntese, a trajetória das mulheres na odontologia é uma história de superação, determinação e conquistas extraordinárias. De Lucy Hobbs Taylor às mais de 380 mil profissionais brasileiras da atualidade (cirurgiãs-dentistas,  profissionais técnicas e auxiliares), as mulheres transformaram completamente o perfil da odontologia.

Portanto, neste Dia Internacional da Mulher, celebramos não apenas as pioneiras que abriram caminho, mas também as profissionais que hoje lideram clínicas, pesquisas e políticas públicas de saúde bucal. Dessa maneira, reconhecemos tanto as conquistas já alcançadas quanto os desafios que ainda precisam ser superados para alcançarmos plena equidade na profissão.

Em última análise, o futuro da odontologia passa pelo protagonismo feminino, com o potencial de tornar a profissão ainda mais humanizada, inovadora e socialmente impactante. Consequentemente, a diversidade de perspectivas e experiências enriquece o campo e beneficia pacientes de todas as idades e condições sociais.

Você conhece outras mulheres que fizeram história na odontologia? Compartilhe nos comentários e, assim, ajude a divulgar essas inspiradoras trajetórias!

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